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Nossa Padroeira - Santa Cecília

A  história de Santa Cecília surge com o descobrimento de seu túmulo na Catacumba de São Calisto, na Via Ápia, Roma, cerca de trezentos anos após sua morte. É a santa com o maior número de igrejas a ela dedicadas em Roma, dada a grande veneração durante a Idade Média.

Apesar  dos relatos de sua vida terem absorvido elementos lendários e simbólicos,  podemos verificar os principais fatos que a levaram ao martírio. Cecília  foi uma jovem cristã, proveniente de uma rica família, na época das  perseguições romanas  (século III). Fez votos de virgindade, mesmo sendo prometida em casamento a Valeriano.

  

O próprio marido foi convertido ao  cristianismo após ver um anjo ao lado da esposa, também optando pela  castidade. Valeriano e seu irmão, Tibúrcio, converteram-se e foram batizados  pelo Papa Urbano.

Os dois irmãos foram decapitados acusados de não oferecerem sacrifícios aos deuses romanos. Cecília foi condenada a morrer por  asfixia numa câmara de vapores, mas após o tormento ainda foi encontrada viva.  A sentença que lhe coube também foi a decapitação. Alguns relatos apontam que  após três tentativas do carrasco (o que permitia a lei), o pescoço ainda  pendia no corpo da virgem, que agoniza três dias antes de morrer. A tradição aponta Cecília como cantora e instrumentista, e a antífona da missa nesse dia relata instrumentos musicais.

 

Desde o século XVI é considerada  padroeira dos músicos. A Igreja ocidental, como a oriental, têm grande veneração pela Mártir, cujo nome figura no cânon da Missa. O ofício de sua festa traz como antífona um tópico das atas do martírio de Santa Cecília, as quais afirmam que a Santa, nos festejos do casamento, ouvindo o som dos instrumentos musicais, teria elevado o coração a Deus nestas piedosas aspirações: “Senhor, guardai sem mancha meu corpo e minha alma, para que não seja confundida”. Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da música sacra. Sua festa é celebrada no dia 22 de Novembro, dia da Música e dos Músicos.

 

Compositores eruditos importantes como Henry Purcell, Georg Friedrich Händel e Benjamin Britten escreveram composições em sua honra, apareceu em poesias de John Dryden, Alexander Pope e W. H. Auden, e músicos populares também fizeram referência a ela, como Paul Simon, David Byrne e Brian Eno.

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As primeiras famílias europeias que chegaram em Santa Cecília-SC na metade do século XIX, quando o local ainda era praticamente inabitado, trouxeram a fé nesta grande Mártir e Santa. Com o passar dos anos, o município, emancipado em 1958, recebeu o nome da santa, e nossa Paróquia, instituida um ano depois, por consequência, a adotou como padroeira, graças a ligação cultural e religiosa da Santa com os primeiros habitantes do lugar. Santa Cecília, quando colocada perante a alternativa de sacrificar aos deuses de Roma ou a morrer, não hesitou e dispôs-se ao sacrifício.

Quando, durante os interrogatórios, o prefeito Almáquio lhe lembrava ter sobre ela direito de vida e de morte, respondeu: "É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida. E Deus Uno e Trino, único e verdadeiro Deus é aquele que pode dar-nos a vida, e vida em abundância".

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